quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SEM RUMO

Não há mágoa,
nem água.
Pedras e abismos surgem...
Eu me perco na imagem de espelhos
que me refletem momentos diversos.
Momentos de versos sem nexo...

Estou abaixo da linha da compreensão.
Sou toda pó, cinza, poeira no chão...
Se venho do pó, com o pó, nesse momento, me identifico...
Quero me re-compor... ressurgir.
Busco valores que se perderam no tempo...
Ganhei e infinitamente perdi...
Perdi meu rumo, meu prumo...
Tive vontade de morrer e também de viver...
Tudo se mistura.
Os avessos se confundem, os sentidos se misturam.
As sensações e os sentimentos gritam.
Sou, neste momento, infinitamente tudo,
dentro do espaço perdido do nada...

15 comentários:

  1. Somos sim um pouco desse tudo, mesmo quando nos imaginamos no meio do nada. Porque o nada é nada,azar o dele se ele é nada, a gente tem que ser completo, essa mistura,essa complexidade, mAS baseado sempre num só: você mesma. Isso é louvável. Gosto de sua autenticidade . Beijos

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  2. Somos tudo e nada, acho que depende do modo que sentimos, que vemos e que acreditamos, beijos.

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  3. Costumo dizer que na vida somos dançarinos de um balé de espelhos(trocamos de faces mas não trocamos a personalidade) enfim não trocamos de personagens neste estranho teatro da vida.
    beijos

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  4. Creio que assim seja a poesia: versos no nada ao meio de tudo.
    Belos versos (:

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  5. é neste tudo e nada que crescemos e revivemos..
    lindo Maria..
    beijo

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  6. Sim, muitos valores se perderam no tempo, mas não podemos deixar-nos levar pela correnteza. Um abraço.

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  7. Oi...amei seu poema....

    "Sou, neste momento, infinitamente tudo,
    dentro do espaço perdido do nada..."

    Isso é de uma grandiosidade sem fim!

    bjo!

    Zil

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  8. É assim... assim também hoje me sinto!

    Apenas uma gotinha
    aventada numa tempestade
    como quem nem pára ou caminha
    sem rumo - sem vaidade
    nem olhares
    nem vontade

    ...

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  9. Olá Maria, encontar equilibrio no vazio, talvez seja a porta para um todo melhor e mais completo.

    Adorei o texto!

    Que você tenha uma ótima noite de Sexta F!

    Nos encontramos no Alma!

    Vinicius.

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  10. OI MARLUCE VIM AO LUGAR CERTO ADORO LER E AQUI ME SINTO EM CASA!
    BEIJO

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  11. Somos dicotomia, o sim e o não. Belo poema. Parabéns. Beijos.

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  12. Somos assim é misto de tudo e nada...

    Ótimo texto!!

    bjinhus...

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  13. nossa, que texto legal...
    Sei la, pequeno e ao mesmo tempo super expressivo!

    Beeijo!

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  14. Maria marluce, desculpa pela demora!
    Obrigado pela visita.

    Do poema SEM RUMO, em se tratando do pó. Dido: Do pó viemos, ao pó retornaremos. Por isso, SER PÓ É TÁ SEMPRE POETANDO...

    Abraços poéticos

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