segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Presentes dos blogs Ventos na Primavera http://ventosnaprimavera.blogspot.com/

Agradeço imensamente  os presentinhos.

FIO DE MIM

Olho para fora de mim...
Não consigo enxergar-me.
Uma leve neblina esconde-me...
Giro a cabeça.
Rodopio sem sair do lugar...
Vejo um casulo...
Sou eu quem está lá.
Tento quebrá-lo,
não tenho forças...
Estou presa a um fio de teia...
Sou fio de mim.
Confundo-me...
Brigo comigo...
Saio da neblina.
O casulo está preso,
uso a força da mente...
A teia me puxa...
                      Quebro-a.
Deslizo para dentro de mim...
Encontro fantasmas.
Espanto-os com um  urro de loba ferida
                                e adormeço ébria de mim...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

RETRIBUIÇÃO

Iluminado, cheio de emoção,
só sensibilidade tem teu coração.
Difícil é  crer que um dia
escrevi tanto sobre tantos prantos
sem saber, no entanto, 
que um leitor havia
para esse verso que me consumia...

Retribuo em verso
o teu belo gesto
de um outro verso
que veio a navegar
e um humilde verso 
vem apreciar.

Entendo agora
que nossos puros versos
podem sem poder
num rio deslizar
e em uma rede
pode se encontrar.


(Para o centésimo seguidor deste blog)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

MANHÃ

Horas frias de orvalho.
Desponta a manhã...
O pensamento não desponta porque é "alerta".
Pequenos barulhos...
O zunir de bicho qualquer.
Oh! momentos matinais que trazem à tona tua lembrança...
Se fosse Azul deixaria de ser... Eu...
Vontade buscada, conhecimento buscado, vontades  insatisfeitas!...

A semente da bondade ainda não floresceu...
A manhã prevê o fim da tarde sombrio...
Como poderá ser a noite?
Entre as sombras da árvore tua presença esguia.
Passas na fumaça noturna e te perdes...
No sêmen da flor que busca a bondade...
Tua ideia, tua ação, perdão e Revolução.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

CUMPLICIDADE

Eu vim,
Tu viestes.
Carregado e leve...
Teu olhar mudo e
                         expressivo diz
o que teus lábios jamais dirão.

Pintamos os nossos "destinos"
como queríamos que fossem.
Mas as cores...
As cores são outras.
Entendi tua sensibilidade,
tu entendestes a minha...
E agora que alma temos?
Se dissemos tudo
faltou dizermos nada...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A NENHUM DE NÓS

Saio a procura de mim...
Busco-me e busco-te...
Pareces outra parte que
                                   perdeu-se...

Talvez nunca a tenha encontrado...
Estou invertida.
Sou infinitamente
                     simetria...
Multiplico-me e 
               vejo tua mutação multiplicada.
  (...)

Quero pôr minha cabeça
                                     em ordem...
Quero reencontrar-me e
                                encontrar-te
num beijo longo e louco
ou numa conversa
efêmera e marcante
                   para nós...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

VASO

Sinto-me um vaso quebrado.
Uma parte de mim está 
                             desintegrada...
A outra parte junta os cacos
                 que restaram...
É uma parte tão fundamental!...
Parece-me... O coração! Mas, como integrar-me se me falta VOCÊ?...
Inteiro e meu...

Sou possessa.
Não sei se defeito ou virtude,
mas, só te quero meu...
Divido-me entre o amor e o ódio
                o querer e o não querer...
Quero unir coisas avessas, nas duas partes desse vaso
que tenta ser uno e único
em dois seres que somos...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SEM RUMO

Não há mágoa,
nem água.
Pedras e abismos surgem...
Eu me perco na imagem de espelhos
que me refletem momentos diversos.
Momentos de versos sem nexo...

Estou abaixo da linha da compreensão.
Sou toda pó, cinza, poeira no chão...
Se venho do pó, com o pó, nesse momento, me identifico...
Quero me re-compor... ressurgir.
Busco valores que se perderam no tempo...
Ganhei e infinitamente perdi...
Perdi meu rumo, meu prumo...
Tive vontade de morrer e também de viver...
Tudo se mistura.
Os avessos se confundem, os sentidos se misturam.
As sensações e os sentimentos gritam.
Sou, neste momento, infinitamente tudo,
dentro do espaço perdido do nada...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

MARULHO


O som das águas me embriaga.
Sinto na pele o sal.
Tem gosto de lágrima...
Meus pés sentem a areia, 
meu peito sente a saudade.
Meus olhos marejam...
mais um gole dessa água é suficiente 
para tornar-me totalmente ébria.
Mas estou sóbria e sombria.
Fujo dos pensamentos...
Adentro o olhar à imensidão
e meus pensamentos vagueiam
e eu me deixo navegar
no marulho infinito azul
                   do fim de tarde...


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Curiosidade?

Recebi essa curiosidade por e-mail e fiquei intrigada. Quero compartilhar e ver se alguém tem uma explicação.
Quem souber explicar me diga...  Este ano vamos experimentar quatro datas incomuns .... 1/1/11;  1/11/11; 11/1/11; 11/11/11 e TEM MAIS !!! Pegue os últimos 2 dígitos do ano em que você nasceu mais a idade que  você vai ter este ano e a sua soma será igual a 111 para todos!  ALGUEM EXPLICA O QUE É ISSO ????

(PA) LAVRA

Sinto que vou sufocar...
É preciso, urgentemente, escrever...
Cada palavra buscada, desaparece.
Some do eito,
queima meu peito,
não se deixa expressar.
Quero-te! Vem! Me atordoa!
Me faz rodopiar ao vento...
Não maltrata a criatura...
Brilha como o sol...
Tira a peia que te prende
e triunfa em um belo verso, avesso dos teus sentidos...