Minha palavra está nua...
Procuro, no poema, suas vestes.
Amoldo-lhe à silhueta, não fica bem.
Busco, mais uma vez...
A veste não lhe cabe .
Ou será a cor?
Mudo o tom.
Engano-me...
Procuro no baú, reviro
há coisas velhas, misturadas às novas...
Reviro-me também.
Deparo com meu rosto inverso.
Talvez a vesta inversa, vista essa minha palavra...
Em outro poema tentarei.
Agora, resta-me o sonho da gostosa
e eterna procura,
dentro e fora de mim....