domingo, 31 de outubro de 2010

TEMPO

Há tempo para tudo...
      Há tempo de amar.
            Há tempo de passar tempo.
      Há tempo de RATLOV no
                                            tempo...

Há tempo de esquecer.
              Há tempo de perder...
              Há tempo a perder...
Há tempo de sorrir.
      Há tempo de mentir.
      Há tempo de fugir...

Há tempo de partir.
Há tempo de ser leal.
Há tempo de cair "na real".
Há tempo de evitar o mal...
      Há tempo para o tempo.
      Há tempo para o bom tempo...
Há tempo que não está no tempo.
Há tempo que vai chegar o tempo...

Há tempo para o problema
                   do tempo
                                e
há tempo para o poema do tempo...
               que acaba sem tempo
               para este poema
               que retrata o tempo
               do meu invento
                     fora
                        de
                           tempo...
          

terça-feira, 26 de outubro de 2010

UMA CANÇÃO SEM EXÍLIO


                         Minha terra tem cantores
                         que cantam igual sabiá
                         os artístas que são muitos
                         encantam em qualquer lugar.
                                  
                         Em cismar sozinha à noite
                         vejo a beleza que há
                         nossas praias bem bonitas
                         encantam turistas de lá.

                         Nosso sol o ano todo
                          brilha nesse céu azul
                          permitindo os passeios
                          na bela Genipabu.

                          Se eu fosse um poeta
                          como Otoniel igual
                          escreveria poemas
                          enaltecendo Natal.

                           E se eu tivesse poder
                           para bem conscientizar
                           eu pederia a todos
                          "pra" natureza preservar.

                           Só posso pedir a Deus
                            com todo poder que há
                            não deixe que alguém destrua
                            a beleza que aqui há.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Momento


Voltas como arribaçãs.
São aves de destino ignorado...
Tu vens ... como elas
por forma simples - palavras, frases soltas, restos de música...
Ou por um momento parado na retina...

Voas para além do tudo.
Fugindo, sempre fugindo como as aves...
Se pudesses entender...
Apareces inconstante e eterno
sempre deslizando na correnteza daquele rio invisível e azul...

Eu... entro pela escada de espelhos e me perco no labirinto de imagens.
Apareço invertida feito
ROMA E AMOR feito
ALMA E LAMA na eterna
inconstância  do SER em momentos
marcados pela tua lembrança...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aparência


Parece estar tudo às avessas.
Procuro uma resposta ou procuro a mim mesma...
         Minha cabeça gira e gira...
Preciso entender cada gesto,cada palavra...
         Mas nada explica nada. 
Ou tudo são mentiras,aparências sem essência?
Por que gesto de ternura?
Por que ... Não, talvez seja só amizade que floresce.
Não quero ser este SER sem vontade e com vontade.
Não quero, não quero,não sei o que não quero...
Só sei que quero encontrar-me, rodopiando entre nuvens loucas
que dançam ao som do vento...




           (Sem nexo - tarde de uma sexta)

sábado, 16 de outubro de 2010

Procura


Busco um poema que perdeu-se... 
Encontro restos de palavras, vagas lembranças...
Mas não há sentido no que digo...
Penso... Procuro reviver momentos...
Vejo-me com olhos marejados...
Nenhuma palavra, nenhum sentimento...
Nada que possa encontrar o que procuro...
Nos meus ouvidos ecoa qualquer coisa que eu não sei o que é...
Penso e penso, procuro lembrar...
Nada me leva a nada...
A busca de tudo é só ilusão e angústia em mim...

(20/07/01, 20:25h - Escola Maria Alexandrina, 5ºC)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Re-vivendo a Manhã



É cedo. Uma manhã fria de Junho
Caminho sem perceber-me
Estou absorta em meus pensamentos
Uma mulherita apanha cinzas
Suas cinzas? Ou... Cinzas de uma fogueirita...


Briga com a pá
Passo... Não passo, o telefone para.
Re-vivo o momento...
Uma cachorra olha a rua
Seus olhos presos no infinito
Seu corpo preso pelo portão.
Continuo minha caminhada...
Deparo-me com um gari...
Não o vejo, imagino qualquer coisa.
Ele não me lembra nada...
Uma espiga esquecida na cinza.
Penso em quem lá a colocou...
Não penso em mais nada.


Vejo um soldado.
Não é o amarelo de Fabiano
É o meu... Pele escura,
Cara de doberman.
À frente, monte de pessoas
Na imundície do lixo.


Vida? Sobre-vida?
Entro. É o fim da caminhada...
Penso nesse poema
E no da manhã fria de Julho...
Esse está longe daquele...
Mas próximos pela palavra, que é tudo...
Nesse momento efêmero que exprime nada

(24/08/08, 14:55h - revivendo um momento vivido às 6:45h)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Ponte Sem o Ponto


Penso no meu objeto de investigação,
Busco com ele um diálogo.
A mensagem atrapalha-me...
O objeto intriga-me.
Não deixa que eu o decifre,
Tarefa difícil, ação obrigatória...
Leio... Leio... Leio...
A compreensão foge...
Luto com a palavra...
Re-luto... Leio - re-leio...
Intrigo-me com o que me intriga.
Fico triste. Será que fiquei...
Não completo o pensamento.
É forte o que penso... Brigo comigo.
Volto a pensar no meu objeto.
Vejo-o, busco-o, tento sentir-lhe
Não o sinto como queria...
Falta uma ponte... Palavra? Talvez!
A tarde está sombria... Não!
Quero escrever com propósito...
Que propósito? Todos? Um?
Quem lerá? Escrevo para ninguém...
Não! Escrevo para outro eu...
Um dia, ele lerá... Achará nada,
Diante de tudo...


(S.G.A. 06/08/10, 16:47h)