Choro....
o doce salgado da traição.
Meu coração lacrimeja sangue...
Meu corpo esfalecido, treme..
Eu, mais uma vez, divido-me, multiplico-me,
diminuo minha vontade...
Sofro a dor una e tripla...
Re-vivo outros momentos...
Quero urrar e silenciar...
Estou partida por dentro.
A lágrima rega a plantinha frágil...
Penso naquela árvore velha e forte...
Agora, sou um rio secando...
sou um céu sem mar...
sou um mar sem sol...
uma noite sem lua...
Penso mais uma vez na minha dor...
O poema não a traduz,
a palavra me falta...
Só há um punhal de prata, ferindo-me...
É uma dor multiplicada...
Busco o consolo da alma
e encontro outros momentos iguais
a esse da minha quarta lágrima,
no silêncio soturno da madrugada...