Componho versos como quem viaja olhando a janela.
Distancio-me de mim,
vivo momentos únicos, assim como a água daquele rio, infinito e azul...
Sinto saudade da água que passou...
Re-vivo tudo...
Olho a vida de fora para dentro...
As palavras circulam,
não expressam nada.
O verbo é o núcleo do enunciado!
Minhas escolhas advem disso...
Privilegio o sentido...
Não me faço entender...
Meu poema é reduzido a nada...
(...)
Redimensiono meu tempo
e fujo escondendo-me de mim...